sábado, 29 de março de 2008

H2S inocentado como causador da maior de todas as extinções

No final do período Permiano, há 251 milhões de anos atrás, a vida na terra chegou bem próxima do fim. 90% das espécies marinhas e 70% das terrestres foram extintas no mais destrutivo episódio de extinção em massa que já ocorreu. Segundo a teoria mais aceita, as condições climáticas da época levaram a liberação na atmosfera, via oceanos, de níveis altíssimos de sulfeto de hidrogênio que foram responsáveis pelo envenamento de boa parte das espécies e também pela destruição de boa parte da camada de ozônio, o que fez que o planeta literalmente fritasse. No entanto, segundo um artigo que acaba de ser publicado na Nature, a história não foi bem assim. Através de simulações de computador, os autores do trabalho chegaram a conclusão de que determinadas substâncias químicas produzidas em regiões tropicais teriam reagido com o sulfeto de hidrogênio, não permitindo que fossem causados estragos significativos na camada de ozônio por esse gás. Embora muito mais estudos sejam necessários, aos poucos os cientistas parecem estar conseguindo encontrar o culpado do maior assassinato em série de todos os tempos. (foto: Jonathan Blair)

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